São Paulo, sexta-feira, 8 de abril de 1994
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PPR reavalia sua candidatura

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PPR está reavaliando a decisão de ter candidatura própria à Presidência. O partido retomou conversações para firmar alianças ainda no primeiro turno com outras siglas.
A candidatura virou um problema para os dois possíveis nomes do partido, senadores Esperidião Amin (SC) e Jarbas Passarinho (PA). Favoritos para governadores em seus Estados, correm o risco de serem meros coadjuvantes na corrida presidencial.
Passarinho já descarta claramente a candidatura ao Planalto. "Meu compromisso com o Pará é inarredável", afirmou ontem depois de conversar com Amin.
O senador catarinense ainda hesita. Mas faz questão de lembrar que, aos 46 anos, ainda terá várias outras oportunidades para disputar a presidência.
Caso abandone a candidatura própria, o partido abre mão de ser cabeça de chapa em uma eventual coligação. "Queremos compor um programa comum de governo com outros partidos", disse Amin.
Os primeiros interlocutores do PPR serão PTB e PP. O PTB, do senador José Eduardo Andrade Vieira (PR), no entanto, deve anunciar na terça-feira uma aliança com o PSDB. Sobra para o PPR unicamente o PP.
Outra possibilidade para o PPR é se integrar à aliança em torno do tucano Fernando Henrique Cardoso. "Não conversamos ainda com o PSDB porque, como partido, não fomos procurados oficialmente", afirmou Amin.
Brizola
A proposta de aliança feita por Leonel Brizola (PDT-RJ) não seduziu os parlamentares do PPR. Passarinho, que sai candidato no Pará coligado ao PMDB, acha a hipótese PDT improvável. Depois de PTB e PP, o senador vê no próprio PMDB, nacionalmente, uma possibilidade de aliança.
Amin disse não ter "preconceitos". "Recebemos a proposta com respeito e simpatia".
Entre os próprios pedetistas, a proposta de Brizola foi acatada com ceticismo. "Se é para falar em probabilidades, é mais provável uma aliança com o PMDB", afirmou Luiz Salomão (PDT-RJ).

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