São Paulo, sexta-feira, 8 de abril de 1994
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Artista quis recusar tarefa

ESPECIAL PARA A FOLHA

Michelangelo (1475-1564) tinha 33 anos quando foi chamado por Júlio 2º, o papa guerreiro, para pintar o teto da Capela Sistina.
O historiador e pintor Giorgio Vasari, seu contemporâneo, diz que Michelangelo procurou fugir à encomenda, recomendando que a entregassem ao jovem Rafael, que naquele ano (1508) começava a decorar as dependências pessoais do papa no Vaticano.
O artista toscano se apresentava como "Michelangelo, escultor", mas Júlio 2º sabia que, na melhor tradição renascentista, tivera uma formação artística completa e desde muito cedo surpreendera por seu imenso talento. Lorenzo, o Magnífico, o admirava e o acolheu como um filho no palácio Medici.
Era também um grande pintor, como se constata na têmpera sobre madeira "Sagrada Família", onde já estão presentes as características da pintura escultórica que o artista executaria no teto da capela e, quase três décadas depois, numa das paredes laterais.
Michelangelo executou "O Juízo Final" para outro papa, Paulo 3º, entre 1536 e 1541.
A parede, de 13 m por 17 m, teve duas janelas fechadas e a superfície foi refeita, para permitir uma diferença de nível e evitar poeira.
Michelangelo pintou quase 400 personagens em torno da figura de Cristo. Teria retratado a si mesmo, na pele de São Bartolomeu.(FMe)

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