São Paulo, domingo, 10 de abril de 1994
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Comerciais têm fachadas mais ousadas

CLÁUDIA RIBEIRO MESQUITA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A "ousadia" de colorir fachadas é mais "permitida" a empreendimentos comerciais por causa de um fator decisivo: o alto custo. O revestimento em vidro está entre os mais caros, junto com os granitos e mármores –chegam a custar entre 30 e 40 URVs o m2.
"Dependendo do padrão que se quer dar ao imóvel, o custo de realização de um acabamento pode ser caro", afirma Marcos Marmontel Nogueira, 42, um dos proprietários da construtora JMG.
Uma olhadela nas fachadas de edifícios em corredores comerciais pode vislumbrar estranhas –e ousadas– composições de cores.
Concreto pintado de verde-limão e lilás, torres em vidro azul ou fachadas em granito fazem parte, por exemplo, do cotidiano das avenidas Paulista, Faria Lima e marginal do rio Pinheiros.
Estas regiões concentram imóveis comerciais de alto padrão, alguns dos chamados "edifícios inteligentes" –com ar-condicionado, tecnologia de ponta no controle de consumo de energia e conforto ambiental.
O condomínio Central Park, na avenida Paulista, é um exemplo. O prédio, em concreto aparente, está recebendo camadas de tinta verde-limão e lilás. A tinta látex acrílica, segundo a construtora, tem custo baixo em relação a granitos e mármores: 2 URVs o m2.
Para o trabalho, a construtora contratou três arquitetas para estudar quais seriam as melhores tonalidades cores a serem usadas.
"Em edifícios de alto luxo não dá para fazer nada sem um projeto arquitetônico", diz José Mauro Garcia, 44, da JMG. E a idéia é torná-lo uma referência. "Tudo na cidade é cinza ou bege. Queríamos colorir", afirma.
Na Paulista, os escritórios tiveram preços médios de m2 comercial, em fevereiro, de CR$ 706,6 mil, o segundo mais caro da cidade. Somente os comerciais da Faria Lima superaram a Paulista: CR$ 711 mil o m2.(CRM)

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