São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 1994 |
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Metalúrgico do ABC pára contra URV
DA FOLHA ABCD E DA REPORTAGEM LOCAL Uma greve em protesto contra as perdas salariais provocadas pela URV (Unidade Real de Valor) será iniciada quarta-feira próxima pelos metalúrgicos do ABCD.A decisão é de uma assembléia realizada no final de semana pelo sindicato. O ABCD (região da Grande São Paulo, que reúne os municípios de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema) tem hoje cerca de 150 mil metalúrgicos, dos quais 100 mil filiados ao sindicato. A principal divergência entre trabalhadores e empresários é a forma de correção dos salários em URV. Os sindicalistas querem a conversão dos salários pela média dos últimos 12 meses. Os empresários querem a aplicação do Plano FHC, com a conversão dos salários pela média dos últimos quatro meses. "O plano FHC provoca perdas salariais de 27% na conversão pela média", disse o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Carlos Alberto Grana. Os sindicalistas ameaçam não participar da próxima reunião da câmara setorial do setor automotivo, marcada para terça-feira que vem, sem a obtenção de um acordo. Os metalúrgicos querem rever principalmente as cláusulas referentes a metas de geração de emprego e ganhos salários. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, as reivindicações não significam uma quebra do acordo -que vai até abril de 1995- por parte dos trabalhadores. "O acordo previa produção de 1,2 milhão de veículos em 1993 e foram produzidos 1,39 milhão. As metas de arrecadação dos estados, apesar da redução do ICMS, também foram superadas", afirma. "Só os trabalhadores não tiveram ganhos", justifica. Texto Anterior: Reunião negocia movimento Próximo Texto: Governo fecha abril com caixa no vermelho Índice |
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