São Paulo, terça-feira, 12 de abril de 1994
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Ritmo ainda é conservador

DA REPORTAGEM LOCAL

Os bancos de varejo, aqueles que possuem grande rede de agências, começaram a realizar operações de crédito em URV, ontem, mas o ritmo de liberações será conservador.
O Banco Nacional, por exemplo, pretende ampliar sua carteira de empréstimo em cerca de 10%, colocando uma linha de US$ 100 milhões em URV.
"Vamos agir com prudência, sem avançar o sinal", conta Walter Kuroda, diretor de planejamento do Nacional. Da mesma forma pensam o Bradesco e outras instituições de grande porte.
A razão para a cautela é a proibição da captação em URV. A outra razão são as estatísticas da Argentina.
"Depois da estabilização argentina, houve grande incremento do crédito pessoal, mas também teve muita inadimplência", cita Kuroda.
A permissão do BC, porém, foi positiva do ponto de vista mercadológico. "Nós estamos preparados há algum tempo para iniciar o crédito em URV", afirma Antônio Burani, diretor executivo do Bradesco.
As linhas de crédito pessoal em URV, afirma Burani, são excelente alternativa para os consumidores: "As pessoas poderão pegar o dinheiro no banco e comprar à vista, negociando o melhor preço com o lojista".
O primeiro segmento de crédito dirigido ao consumidor deverá ser o da compra de veículos. "O pessoal poderá tomar o empréstimo sabendo quanto da sua renda será comprometida por mês", afirma Burani.

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