São Paulo, sábado, 16 de abril de 1994 |
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PM acha arsenal com detetive
SÉRGIO TORRES
Segundo o advogado do contraventor, Wilson Lopes de Souza, seu cliente não está envolvido com o suposto arsenal, que funcionaria na casa do detetive Nestor Sílvio Soares Maganinho. Suspeito de trabalhar como segurança de Castor, Maganinho também está foragido. Ele responde a inquérito interno na Polícia Civil, acusado de praticar irregularidades na Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Cargas. A PM foi à casa de Maganinho -rua Doze de Fevereiro, 771, Bangu, bairro da zona oeste "controlado" por Castor– em 25 de março, cinco dias antes de a "fortaleza" do bicheiro ser "estourada" pelo Ministério Público. Segundo a Corregedoria de Polícia Civil, foram apreendidas no local uma pistola, um revólver, um colete à prova de balas e 20 caixas de balas para revólveres (calibre 38), pistolas (calibres 45 e 9 milímetros) e metralhadoras (9 milímetros). A corregedoria recebeu ontem o material apreendido, enviado pela 34ª Delegacia de Polícia (Bangu). Também foram arrecadadas 180 fichas para fornecimento de munição, várias delas com a inscrição "dr. Castor" feita à caneta. A PM suspeita que as fichas autorizavam a entrega da munição. Quem apresentasse a ficha na casa de Maganinho teria direito a receber a quantidade de balas requisitada. Uma das fichas apreendidas trazia a inscrição "cap. Aílton Guimarães". A ficha diz que Guimarães requisitou 24 caixas de balas calibre 12 no dia 31 de maio de 1983. A ficha mais recente dentre as apreendidas data de 1988. Citado na suposta lista de pagamento de propinas por Castor, o delegado-titular da 34ª DP, Carlos Alberto Campagnac, disse ontem que não fez investigações sobre o suposto arsenal. "Não procurei investigar, não sei nada sobre esse detetive (Maganinho). Só fiz o auto de apreensão. O resto é com a PM", afirmou Campagnac. Texto Anterior: Livro detalha corrupção policial Próximo Texto: Nilo diz que reunião com bicheiro foi em 90 Índice |
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