São Paulo, sábado, 16 de abril de 1994
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Garantia será paga em quatro prestações

DA REDAÇÃO

Para fechar o acordo com os credores privados, o Brasil apresentou ontem garantias de US$ 2,8 bilhões. O país comprou no mercado títulos do Tesouro norte-americano para dar como garantia aos credores.
Isso foi uma exigência para fechar o acordo, já que o FMI (Fundo Monetário Internacional) não deu aval ao governo brasileiro. O Fundo prefere esperar a introdução da nova moeda, o real, para aprovar o programa de estabilização.
O valor total das garantias será entregue em prestações ao longo de quatro anos e devem ficar depositadas no BIS (Banco De Compensações Internacionais, que é uma espécie de banco central dos bancos centrais e tem sede na Basiléia (Suíça).
No total, elas são de US$ 3,88 bilhões -US$ 2,74 bilhões sobre o principal (dinheiro efetivamente tomado como empréstimo) e US$ 1,14 bilhão sobre juros.
Elas representam 7,7% da dívida negociada. É menos do que os credores exigiram do México (15%) ou da Argentina (10,3%)
Os US$ 2,74 bilhões que representam a garantia do principal, convertidos em bônus cupom zero de 30 anos do Tesouro norte-americano, totalizarão US$ 17,8 bilhões em 2024.
O valor equivale ao que está sendo trocado em papéis da dívida antiga por bônus ao par e de desconto.

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