São Paulo, sábado, 16 de abril de 1994
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Acaba greve na GM e no setor de autopeças

DA REPORTAGEM LOCAL E DAS REGIONAIS

Os 8.000 funcionários da General Motors, de São Caetano, aceitaram a proposta de 19% de aumento e reposição das perdas com Plano Bresser e Collor feita pela montadora e encerraram a greve que durou três dias.
Também no setor de autopeças os metalúrgicos aceitaram os 19% e as empresas em greve voltaram a funcionar.
Nos setores de máquinas e eletroeletrônicos (Grupo 19/3), empresas estão fechando acordo em separado com seus funcionários.
É o caso da Philips, que tem unidades em Mauá e Ribeirão Pires. A greve terminou ontem pela manhã após a empresa oferecer 16% de aumento em abril e 2,58% em maio. Em Ribeirão Preto, na Gnatus, os 350 metalúrgicos aceitaram 18% em abril, 2% em maio e 1% em junho.
Em Orlândia, os 800 funcionários da Morlan aceitaram a proposta de 13% de aumento em abril, 2,2% em maio e 2,2% em junho. Eles não entraram em greve. Na Simisa, em Sertãozinho, o acordo é de 18% de aumento em abril.
Permanecem parados, no ABCD, cerca de 21 mil trabalhadores dos setores de máquinas e eletroeletrônicos. O julgamento do dissídio será terça-feira.
Além disso, continuam parados os cerca de 3.000 funcionários da Scania e 250 da Mercedes-Benz.
Segundo o vice-presidente da Mercedes, Luiz Adelar Scheuer, a produção está parada e 320 veículos deixaram de ser produzidos.
No Vale do Paraíba, estão paradas as metalúrgicas Villares, de Pindamonhangaba, e Mafersa, de Caçapava. Também em São Paulo 850 empregados da Villares entraram no terceiro dia de greve.
A Federação dos Metalúrgicos de São Paulo, que representa 45 sindicatos do interior, assinou acordo com a Fiesp. Ele prevê aumento real de 6,27%, retroativo a 1º de abril.

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