São Paulo, sábado, 16 de abril de 1994
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Dois diretores filmam mesma obra de James

<FT:"MS SANS SERIF",SN><FC:0,0,0,DC>MARCELO REZENDE
DA REDAÇÃO

Depois de Michael Crichton, com seus romances que já nascem com a certeza de se tornarem filmes, agora é a chance de um outro escritor americano fazer o mesmo. Alguém nem tão afinado com o gênero best-seller.
Os diretores James Ivory (que tem o seu último filme, "Os Vestígios do Dia" em cartaz em São Paulo) e Jane Campion, a premiada diretora neo-zelandesa de "O Piano", preparam adaptações do romace "Portrait of a Lady" do escritor Henry James.
O que fascinou esses dois diretores em uma história escrita no século 19 ainda é mistério. Mas ao menos para Ivory, a obra de James sempre teve um significado um pouco mais próximo. Assim como o escritor, Ivory também sempre se comportou não como um americano nato. Mas sim como um inglês exilado em cidades "provincianas" como Nova York ou Boston. Antes de se apaixonar pelo escritor inglês E.M. Foster, de quem adaptou três romances ("Uma Janela Para o Amor", "Maurice" e "Retorno a Howard's End"), Henry James já foi seu tema (leia texto ao lado).
Apesar de ser uma produção sem início definido, ele já tem dois nomes escolhidos para o projeto: Ruth Prawer Jhabvala, a roteirista com quem sempre trabalha, e a atriz Glenn Close.
Jane Campion, ao contrário, já começou a produção para a sua versão do romance. Possivelmente na Austrália. Aliás, o lugar de origem da atriz escolhida para a personagem principal de James.
A escolha de Kidman não foi casual. As duas haviam se conhecido quando Campion tentava realizar um de seus primeiros filmes e Nicole tinha apenas dez anos.
O filme, pelo menos o de Campion, deve chegar logo aos cinemas. E promete fazer com Henry
James o que "A Época da Inocência", de Martin Scorsese, fez para a romancista Edith Warthon: um revival de sua obra.

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