São Paulo, sábado, 16 de abril de 1994
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Persiste impasse comercial entre EUA e Japão

ANDRÉ LAHÓZ
DO ENVIADO ESPECIAL

Não deu em nada a reunião de mais de duas horas em Marrakech entre o representante comercial dos EUA, Michael Kantor, e o chanceler e possível futuro premiê japonês, Tsutomu Hata.
EUA e Japão encontram-se em um momento de delicada relação comercial. As negociações estão suspensas, mesmo em caráter informal, desde fevereiro.
Os dois governos concordam que é necessário reduzir o enorme déficit comercial dos EUA para o Japão, mas não estão conseguindo passar do discurso à prática.
Depois da reunião, Kantor afirmou que as negociações continuam suspensas. Havia esperança de que os dois lados pudessem ao menos retomar as conversas.
Apesar do fracasso, os dois evitaram um confronto mais forte após a reunião de ontem. Kantor se disse amigo e companheiro de Hata e afirmou que as portas dos EUA estão abertas a conversações.
Disse também que a relação entre os dois países é forte, apesar dos problemas comerciais. Os dois manifestaram vontade de entender-se antes da reunião do G-7 em Nápoles, em julho. Os EUA querem ver Hata outras vezes para tentar um entendimento. Pouco depois, um membro da equipe norte-americana fez questão de ressaltar que os EUA esperam por uma iniciativa do Japão.
Segundo ele, é preciso que o governo japonês mostre na prática sua disposição de reduzir seu superávit comercial. O Japão estaria ciente do perigo de sanções comerciais que possa sofrer. A reunião de Marrakech serviu para inúmeros encontros bilaterais como o de Hata e Kantor. Os países aproveitaram tanto para contatos para negócios como para tentar resolver pendências comerciais.
Durante a semana, os EUA fecharam um acordo com a União Européia sobre compras
governamentais de US$ 200 bilhões. Com isso, empresas européias têm mais acesso às concorrências que o governo americano venha a fazer.

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