São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 1994
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Faturamento da indústria cai 30%

DA REPORTAGEM LOCAL

O faturamento da indústria de lâmpadas chegou a cair até 30% desde a abertura do mercado. A concorrência com os importados é um dos principais motivos.
A Osram viu a sua receita encolher de US$ 130 milhões para US$ 100 milhões de 1990 até o ano passado. O número de empregados caiu de 1.800 para 1.100.
"Corremos o risco de perder mais, se não houver proteção para a indústria aqui instalada", diz Carlos Alberto Rocha Reganati, gerente de marketing.
Jayme Salomão, gerente de marketing da General Electric, informa que o impacto das importadas foi maior na linha de lâmpadas para automóveis. Só no ano passado, diz, a queda na venda desse tipo de produto foi de 15%.
Salomão conta que a GE importa as lâmpadas para carros de fábricas da sua matriz e consegue vendê-las para o consumidor por US$ 2,70, em média.
"Só que as que chegam via contrabando são comercializadas por US$ 1,80. Fica difícil concorrer."
A Sylvania chega a registrar números bem maiores de redução de vendas. "Nas lâmpadas dicróicas, usadas especialmente nas vitrines, nossa queda foi de 50% ao longo de 93", afirma Hamparsan Chekerdemian, diretor de marketing.
A Sylvania importa esse tipo de lâmpada da Europa. No início de 93, a importação era da ordem de US$ 40 mil por mês. Este ano está em torno de US$ 20 mil.
Para Isac Roizenblatt, da Philips, as lâmpadas "piratas" estão fazendo com que a divisão de iluminação da empresa não cresça. "Estamos estacionados há dois anos."(FF)

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