São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 1994
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Edílson reclama de sua condição de reserva

DA REPORTAGEM LOCAL

O destino do meia Edílson será mesmo a reserva do Palmeiras. A decisão aconteceu aos 28 minutos do 2º tempo, quando o jogador perdeu uma disputa de bola para o zagueiro Renato Carioca.
Irritado, o técnico Wanderley Luxemburgo mandou imediatamente o reserva Maurílio entrar em campo, sem se preocupar com o aquecimento. "Ele não jogou bem, por isso merecia sair", justificou o treinador.
Os números do Datafolha comprovam a fraca presença em campo do meia. Edílson perdeu 12 posses de bola, disparado o pior do time, que perdeu 45 no total.
A presença de Edílson na reserva, no próximo jogo, sábado, contra o Novorizontino, torna-se mais certeira com a definição de Luxemburgo de que o jogador disputa uma vaga no ataque e não no meio-campo.
"Nunca pensei entre Edílson ou Rincón. Ele briga pela posição com o Edmundo", comentou o treinador, que sacramentou a reserva ao elogiar Edmundo: "Ele sabe aparecer no jogo e se tornar opção de lançamentos".
Mesmo com a definição e com a evidente posição do treinador de não admitir reclamações, Edílson garante não ficar em silêncio.
"Sempre quem é escalado para a reserva, vai reclamar. E não vou ser exceção", comentou o meia, sem esconder seu inconformismo. "No ano passado, joguei junto com o Edmundo e o Evair e o time venceu três campeonatos."
O efeito prejudicial de uma briga de vaidades, que ainda está sob controle pelo técnico palmeirense, foi comentada por Sebastião Lazaroni, treinador da seleção brasileira na Copa de 90, que assistiu ao jogo.
"Perdemos o Mundial porque o time se desmantelou, provocando uma grande desunião", disse Lazaroni.

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