São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 1994
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Testemunha põe em dúvida tese de suicídio de assessor de Clinton

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O homem que achou o corpo do assessor da Casa Branca Vincent Foster em julho de 93 disse à polícia não ter visto armas com ele.
Foster, amigo pessoal do presidente dos EUA, Bill Clinton, era também o advogado dos Clinton no caso Whitewater.
Sua morte foi atribuída a suicídio em inquérito. Mas o caso foi reaberto pelo promotor especial do caso Whitewater, Robert Fisk.
A pessoa que encontrou Foster morto num parque de Washington é conhecida do público apenas como "o homem da picape branca".
Ele não se identificou a um funcionário do parque a quem avisou ter descoberto um corpo. Na semana passada, o homem telefonou para o radialista Gordon Liddy e disse estar disposto a depor.
Liddy, um dos envolvidos no caso Watergate, que levou o ex-presidente Richard Nixon à renúcia em 1974, ouviu a testemunha e arranjou encontro dela com agentes do FBI, polícia federal.
Segundo Liddy, que cumpriu pena de cinco anos de prisão na década de 80 por causa de Watergate, a história parece verdadeira.
A causa do suposto suicídio de Foster nunca ficou clara. Uma carta rasgada em vários pedaços foi encontrada mas era confusa.
Por ordem de assessores do presidente Clinton, documentos sobre o caso Whitewater foram retirados do escritório de Foster na Casa Branca antes que a polícia tivesse tido acesso a ele.
O caso Whitewater abrange vários negócios feitos pelo casal Clinton na década de 80, quando ele era governador de Arkansas, sobre os quais pesam suspeitas de ilegalidade ou falta de ética.

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