São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 1994![]() |
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Odebrecht vence licitação em Portugal
JAIR RATTNER
Será uma das maiores obras de engenharia da Europa. O consórcio de que a Norberto Odebrecht participa ganhou ontem a concorrência para a segunda ponte de Lisboa sobre o rio Tejo. A decisão demorou 15 meses. Projeto, construção e exploração do pedágio couberam ao consórcio Lusoponte. A ponte terá 18 quilômetros de extensão e seis pistas. O governo português não terá de investir na obra, orçada em cerca de US$ 750 milhões –a preços de 1992. "A ponte deverá estar aberta no dia 1º de março de 1998", afirmou o ministro português das Obras Públicas, Joaquim Ferreira do Amaral. Os cálculos da obra até incluíram o valor do pedágio: 330 escudos (cerca de US$ 2) na época de abertura, segundo o ministro. O consórcio –que é liderado pela inglesa Trafalgar House– formou duas empresas, uma para a construção da ponte e a segunda para exploração comercial. A Trafalgar House detém 24% da primeira e 23% da segunda. A subsidiária portuguesa da Norberto Odebrecht, a Bento Pedroso, entrou com 13,25% na construção e 13,95% na exploração e fica como a segunda maior participante. Mais quatro empresas portuguesas e uma francesa participam do Lusoponte. Segundo o contrato, depois de 20 anos de exploração, a ponte reverte para o governo. Inicialmente, entraram na pré-seleção do concurso cinco consórcios, que desde janeiro ficaram reduzidos a dois. Entre os oito itens avaliados estavam projeto, obra e financeira e financiamento. A ponte enfrenta críticas por parte de duas organizações ecologistas portuguesas. O traçado inclui uma área protegida que é o único habitat mundial do alfaiate, pássaro semelhante à gaivota. Texto Anterior: Construtoras recorrem ao STF Próximo Texto: Lucros voltam aos bancos americanos Índice |
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