São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 1994
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Lucros voltam aos bancos americanos

FERNANDO CANZIAN
DE NOVA YORK

Maciças vendas de títulos da dívida e de empresas de países latino-americanos, especialmente do Brasil, foram responsáveis por um recorde histórico dos lucros do banco Chase Manhattan nos EUA no primeiro trimestre do ano.
O banco anunciou ontem um lucro de US$ 364 milhões, mais que o dobro frente os US$ 153 milhões do primeiro trimestre de 93.
"Quem puxou o gatilho no Chase o fez na hora certa", disse ontem James McDermott, da corretora Keefe Bruyette & Woods, de NY, ao comentar as vendas de títulos latino-americanos que levantaram os lucros do Chase.
Desde o início de janeiro várias corretoras americanas vinham recomendando a saída de mercados latino-americanos, especialmente do Brasil.
Os bancos americanos investem no Brasil através de títulos da dívida e de empresas privadas e estatais. A rentabilidade de vários desses papéis tem caído sistematicamente desde janeiro.
O Citibank, maior banco dos EUA, também anunciou resultados ontem e pela primeira vez em dois anos e meio voltou a pagar dividendos a seus acionistas.
Parte da crise do banco, que o levou a bloquear o pagamento de dividendos, havia sido causada pela interrupção dos pagamentos de dívidas externas de outros países, inclusive do Brasil.
O lucro do Citi anunciado ontem foi de US$ 553 milhões, 21% menor que o resultado dos primeiros três meses de 93.
Outros resultados: o PNC Bank anunciou lucro de US$ 205,7 milhões (US$ 167,6 milhões no primeiro trimestre de 93) e o Continental Bank de US$ 63 milhões (US$ 141 milhões).

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