São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 1994
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Brizola nega ultimato a Quércia e se assusta com repercussão de críticas

DA SUCURSAL DO RIO

A repercussão das críticas que fez anteontem ao ex-governador Orestes Quércia (PMDB) assustou o ex-governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola (PDT).
Ontem, ele tomou a iniciativa de dizer aos jornalistas que, ao contrário do que havia sido publicado, ele não dera um ultimato a Quércia.
Brizola negou também que condicionara um eventual acordo político a um esclarecimento do processo de privatização da Vasp.
"O que disse é que temos de considerar o compromisso de rever o caso Vasp, comprada por um aventureiro que usou cheques de PC (Paulo César Farias, tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor de Mello)", afirmou Brizola.
Brizola disse que, para ele, a Vasp foi comprada pelo próprio Collor, "em uma operação que envolveu os governos federal e de São Paulo".
Quando aderiu à campanha pelo impeachment de Collor, Brizola insistiu que as investigações tinham que chegar até Orestes Quércia e o processo de privatização da Vasp.
A companhia aérea Vasp, até ser privatizada, era propriedade exclusiva do governo paulista.
CPI
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso investigou a privatização da empresa entre 92 e 93. A comissão, apoiada pelo PDT, conclui que não houve irregularidades.
Anteontem, Orestes Quércia disse que pretendia conversar com Brizola até o final desta semana.

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