São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 1994
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'Contras' negociam recuo em troca dos monopólios

FERNANDO GODINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para manter os monopólios estatais (Petrobrás e Telebrás, principalmente) de fora das votações do Congresso revisor, os partidos contrários à revisão constitucional estão aceitando votar pontos que sempre rejeitaram.
O PT e o PSB já apóiam uma pauta mínima de votação que inclua a redução de restrições ao capital estrangeiro, a revisão da exploração do subsolo e reformas previdenciária e tributária.
A iniciativa desta pauta mínima é do líder do PT na Câmara, deputado José Fortunati (RS), e conta com o apoio do líder do governo no Senado, Pedro Simon (RS).
O assunto foi discutido em duas reuniões, na última terça-feira, no gabinete do vice-presidente do Congresso revisor, deputado Adylson Mota (PPR-RS).
Para Pedro Simon, "alguma coisa importante precisa ser votada pelo Congresso revisor, pois caso contrário, isso seria dramático".
Além de Simon e Fortunati, participaram das reuniões os deputados Fetter Júnior (PPR-RS) e os senadores Marco Maciel (PFL-PE), José Paulo Bisol (PSB-RS) e Eduardo Suplicy (PT-SP).
Maciel e Adylson Mota ficaram de conversar com o PFL e com o PPR, pois há resistências a esta nova tentativa de acordo. Os parlamentares do PT e do PSB tentarão convencer os demais "contras" (PDT, PPS e PC do B).
O retorno destas negociações com os "contras" será repassado ao relator da revisão, deputado Nelson Jobim (PMDB-RS), até a próxima segunda-feira.
Na terça, Jobim apresenta aos líderes partidários do Congresso sua última sugestão de pauta mínima para as votações da revisão. "O resultado destas conversas vai influenciar o texto que está sendo preparado por Jobim", afirma o senador Pedro Simon.

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