São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 1994
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Quércia quer evitar confronto

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MÁRIO SIMAS FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O acordo estabelecido entre o ex-presidente José Sarney e o ex-governador paranaense Roberto Requião não vai alterar a estratégia de Orestes Quércia para disputar a prévia do PMDB que definirá o candidato do partido à Presidência.
Assessores de Sarney e de Requião fizeram diversas reuniões para elaborar uma forma comum de ataque a Quércia.
O ex-governador paulista tem conhecimento de que denúncias envolvendo seu nome deverão ser levadas por seus adversários aos peemedebistas de todo o país, mas não vai responder aos ataques.
A estratégia de Quércia é evitar qualquer tipo de confronto. Sua contabilidade indica que se a prévia fosse realizada essa semana teria cerca de 70% dos votos.
O mapeamento feito por Quércia mostra que ele só perderia no Paraná, único Estado onde Requião teria votação expressiva (mais de 50%).
Exatamente por contar com essa maioria é que Quércia não pretende atacar os seus adversários.
"Temos a base do partido e buscamos a unidade para vencer a eleição", disse o quercista José Machado de Campos, pré-candidato do PMDB de São Paulo ao Senado.
Na verdade, a principal preocupação dos quercistas é evitar que haja um racha no partido após a prévia.
Em razão disso, Quércia não fará ataques contra Sarney ou Requião. Para contrapor as acusações que lhe serão feitas, o ex-governador de São Paulo tem mobilizado prefeitos e vereadores de todos os Estados.
Quércia acredita que sua base municipalista pode garantir a vitória na prévia bem como pressionar as lideranças que pretendem boicotar sua candidatura.

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