São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 1994
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Estádios são fáceis de invadir

RICARDO SETYON
DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS

A segurança nos estádios onde a seleção joga na primeira fase da Copa preocupa a comissão técnica. "Os torcedores podem invadir o campo na hora que quiserem", disse o supervisor Américo Faria.
Responsável pelo planejamento da viagem da equipe aos EUA, Faria visitou o Stanford Stadium, em Palo Alto (San Francisco), e o Pontiac Silverdome Stadium, em Detroit.
"No Stanford os torcedores são separados do campo apenas por um muro de concreto com cerca de 1,5 m de altura", afirmou o supervisor.
A seleção faz dois jogos no estádio na primeira fase: contra a Rússia no dia 20 de junho e contra Camarões, dia 24.
No Silverdome o acesso do público ao gramado é ainda mais fácil, contou Américo Faria. "Simplesmente não existe nada –muro, alambrado ou fosso– entre as arquibancadas e os jogadores."
"A torcida está a pouco mais de um metro do atleta que vai bater um lateral", disse Faria. Ele acha que os estádios foram construídos assim porque o comportamento do norte-americano é diferente do estilo do público latino.
A Confederação Brasileira de Futebol não pedirá providência para segurança nos estádios ao Comitê Organizador da Copa. "A Fifa saberá cuidar disso", afirmou Faria.
A CBF desistiu de levar um corpo de segurança próprio para Los Gatos, cidade vizinha a Palo Alto, na Califórnia, onde a equipe ficará hospedada a maior parte do tempo.
Só viajarão os poucos (entre dois e quatro) seguranças habituais. "O prefeito de Los Gatos, Randy Attaway, nos assegurou toda a segurança necessária, com seus policiais", afirmou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
Los Gatos tem 75 policiais para 30 mil habitantes. São esperados mais de 10 mil brasileiros. Se for necessário, haverá reforço das polícias de três cidades próximas.

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