São Paulo, sábado, 23 de abril de 1994
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Empresários previam mudanças em junho

DA REPORTAGEM LOCAL

A nova moeda, o real, deveria entrar em circulação no mês de junho. Essa é a opinião de 46% dos empresários do Rio Janeiro que participaram de pesquisa da KPMG Peat Marwick sobre o Plano FHC.
Foram entrevistados 54 empresários. O levantamento, realizado em março, mostrou que 28% deles consideram 1º de julho a data mais provável para a introdução do real. Apenas 2% acham que o governo deve esperar até agosto para criar a nova moeda.
A pesquisa mostrou que o empresariado carioca apóia as medidas econômicas do governo. Para 78% deles, o plano é bom; 12% o classificam como excelente e 10% consideram o plano razoável.
A maioria dos empresários consultados (68%) acredita que o plano vai provocar um aumento na demanda de produtos e serviços até o final do ano. Para 24%, a demanda permanecerá estável. Apenas 8% prevêem uma retração dos negócios.
Os empresários pesquisados estimam para o mês de julho uma inflação de cerca de 18%, caso o real seja criado em junho. Esse índice representa uma média das estimativas.
"O índice apontado pela pesquisa ainda é alto porque foram considerados os aumentos reais em URV que estão acontecendo', explica Marco Aurélio Maciel, sócio da KPMG Peat Marwick.
A pesquisa da KPMG Peat Marwick entrevistou empresários das áreas de finanças, seguros, alimentos, bebidas, lazer, serviços e dos setores químico e farmacêutico, entre outros.
Para 45% deles, o nível de emprego se manterá estável em 94. Uma redução no número de funcionários é prevista por 24%. Novos postos de trabalho serão criados este ano, na opinião de 31% dos empresários.
A quase totalidade dos entrevistados (95%) prevê um aumento real na folha de pagamento de suas empresas em 94. Em média, eles acreditam que esse aumento real deverá ser de 8,03%.

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