São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Maior mostra de arte nacional abre amanhã

DA REPORTAGEM LOCAL

Abre amanhã às 17h no Pavilhão da Bienal em São Paulo a maior mostra de arte brasileira já feita, a "Bienal Brasil Século 20".
A exposição no parque Ibirapuera reúne 921 trabalhos de 240 artistas contando a história da arte brasileira neste século. Fica aberta até 29 de maio.
Em decorrência da greve dos Correios, é possível que a totalidade dos 12 mil convites enviados pela organização do evento não chegue a tempo aos destinatários.
Devido a este problema, a Fundação Bienal decidiu que a inauguração no domingo será aberta ao público.
A entrada amanhã é gratuita. A partir de terça-feira os ingressos custarão 1,5 URVs e 0,75 URV (estudante com carteirinha da UNE ou da Ubes).
A idéia da Fundação Bienal é passar a limpo a arte do século 20. "Só teremos uma mostra desse tipo daqui a 100 anos, quando forem retratar a arte do século 21", diz Edemar Cid Ferreira, 50 presidente da Fundação Bienal.
A obra mais antiga da "Bienal Brasil" é de cerca de 1899 –a tela "Panorama do Descobrimento do Brasil", de Victor Meirelles (1832-1903). A mais recente é do ano passado – instalação "111", de Nuno Ramos, sobre a chacina de 111 presos na Casa de Detenção de São Paulo.
Algumas obras da mostra estão saindo de seus museus pela primeira vez. É o caso do "Panorama..." de Victor Meirelles, pertencente ao Museu Nacional de Belas Artes do Rio.
A exposição e o livro sobre ela custaram US$ 1,5 milhão –o preço de uma tela em grande formato de Lasar Segall. A iniciativa privada bancou US$ 750 mil, a Bienal entrou com US$ 375 mil e a Secretaria de Cultura do Governo de São Paulo com o restante.
As obras da mostra foram avaliadas em US$ 30 milhões para efeitos de seguro. Não dá para comprar uma tela de Van Gogh ("Retrato do Dr. Gachet" foi leiloado por US$ 82,5 milhões em 1990). Mas é o mais alto seguro já pago por uma exposição no Brasil –US$ 160 mil.
A mostra é dividida em cinco segmentos: pré-modernos (1899-1921), modernos (1922-1945), abstratos (1945-1960), anos 60 e 70 e dos anos 80 até 1993.
Será lançado na abertura o livro da "Bienal Brasil". Tem 520 páginas, reproduções de obras e textos sobre cada um dos segmentos. Custará 120 URVs.
"Não existe nada tão abrangente como esse livro. Com ele você vai poder mostrar a um estrangeiro o que é a arte brasileira do século 20", afirma Ferreira.
Uma versão reduzida da exposição vai percorrer outros Estados brasileiros e o exterior. Segundo Ferreira, já estão acertadas as exposições no Rio Grande do Sul (provavelmente em julho), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e nos Estados Unidos, em local a ser definido.

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