São Paulo, domingo, 24 de abril de 1994 |
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<TB> Causas e efeitos aparecem na 'espinha de peixe', uma ferramenta muito útil para quem procura qualidade A relação entre uma característica da qualidade e os fatores que a determinam constitui o Diagrama de Causa e Efeito, também chamado de diagrama "espinha de peixe", muito útil para a esquematização de processos mais complexos. Foi aplicado, pela primeira vez, no Japão, em 1953. Professor da Universidade de Tóquio, K. Ishikawa utilizou o "espinha de peixe" para sintetizar as opiniões de engenheiros de uma fábrica, quando discutiam problemas de qualidade. Antes, o diagrama era usado por auxiliares de Ishikawa para dar organização a pesquisas. Hoje, é aplicado no mundo inteiro, não apenas para equacionar problemas de qualidade, mas em várias outras aplicações. No Japão, seu uso nas empresas é generalizado. O diagrama de causa e efeito até está incluído na terminologia de controle da qualidade da JIS (Japonese Industrial Standards –Normas Industriais Japonesas). Não é tão fácil, para o iniciante, construir o diagrama com precisão. Mas a sua resolução significa sucesso garantido na solução de problemas de controle da qualidade. Há muitas maneiras de elaborar o diagrama "espinha de peixe". Você vai conhecer o método mais típico: LISTAGEM DE CAUSAS Primeiro passo Estabeleça claramente o problema a ser analisado (efeito). Segundo passo Encontre o maior número possível de causas que possam contribuir para gerar o efeito. Uma discussão franca e aberta é fundamental para levantar as causas. O envolvimento de todos os participantes do processo é indispensável. Use o "brainstorming" para que apareça o maior número possível de causas neste momento, pois há o risco de não serem reconhecidas nos estágios posteriores. Terceiro passo Construa o diagrama de causa e efeito no formato da espinha do peixe, colocando o efeito que está sendo estudado no quadrado à frente. Faça tantos diagramas de causa e efeito quantos forem os efeitos estudados (defeito, peso, cor, tamanho). O estudo em separado dos efeitos possibilita analisá-los com mais detalhes, criando as soluções mais adequadas e efetivas. Quarto passo Para facilitar a análise, agrupe as causas em categorias conhecidas, como os "5M": método, mão-de-obra, material, máquina, meio ambiente. Se necessário, crie outras espinhas para agrupar outros tipos de causas, como recursos financeiros, gerência etc. Havendo necessidade, faça outros diagramas de causa e efeito, contemplando cada uma das causas encontradas. Neste caso, seriam encontradas as causas das causas. Construa o diagrama e vença desafios Siga o roteiro para testar, na prática, o uso do diagrama "espinha de peixe": * Reveja, com o seu pessoal, os problemas identificados com a fluxogramação. * Faça um "brainstorming" para identificar as causas do problema prioritário. * Elimine, após uma crítica, as informações levantadas que não têm relação com o problema. * Separe as causas em relação a cada um dos "5M" identificados. * Transcreva-as para o diagrama de causa e efeito. * Faça um círculo nas causas mais prováveis. * Identificadas as causas mais prováveis, defina uma série de ações que, implementadas, eliminarão as causas e o efeito (problema) deixará de existir. Utilize para isso um plano de ações, definindo para cada uma delas um responsável e o prazo de implementação. * Elaborado o plano de ações, não se esqueça de definir o cronograma de acompanhamento e garantir que as ações sejam implementadas. Texto Anterior: Ferramentas ajudam a 'enxergar' os processos Próximo Texto: Melhoria de processos exige ação constante Índice |
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