São Paulo, domingo, 24 de abril de 1994 |
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As Bolsas de Valores As Bolsas de Valores As fortes oscilações das Bolsas de Valores de São Paulo e do Rio foram atribuidas principalmente aos movimentos dos juros internacionais. Supôs-se também que fatos políticos compunham o pano de fundo. Esses raciocínios estão essencialmente corretos. Mas, para compreender o comportamento das Bolsas brasileiras, cabem ainda algumas informações de caráter geral. O mercado de ações é ainda bastante restrito, não só pelo volume relativamente pequeno de transações, mas também pela concentração de grande parte do movimento em um reduzido número de agentes. Na Bolsa de São Paulo são transacionados em média US$ 200 milhões ao dia, equivalentes a nada mais que 3% do movimento de Nova York. A existência de poucos e grandes investidores, muitas vezes com acesso a informações bastante similares, faz com que o mercado oscile muito bruscamente. São essas características que permitem variações de até 10% em um só dia, como as que se presenciaram recentemente. O crescimento dos fundos de ações, que reúnem agentes de pequeno e médio porte, e da participação de investidores institucionais estrangeiros tende a dar maior estabilidade às Bolsas, mas até o momento não é o que se observa. DEMIAN FIOCCA, 25, é economista e pós-graduando do curso de Economia da Universidade de São Paulo (USP). Texto Anterior: Especialista aponta preconceito com dólar Próximo Texto: Aplicação dá ganho líquido de 44,24% Índice |
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