São Paulo, domingo, 24 de abril de 1994 |
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Metas da empresa estimulam funcionários
DENISE CHRISPIM MARIN
Em fevereiro de 93, a Mangels estabeleceu como meta para a unidade de São Bernardo do Campo (SP) conseguir a certificação. Nove meses depois, os trabalhadores comemoravam na fábrica a obtenção do documento. Para cumprir o objetivo, os 520 empregados passaram por aulas sobre as normas da ISO 9.000. Em seguida, se organizaram em grupos para descrever e aperfeiçoar os procedimentos que se tornariam padrão para cada tarefa. O rascunho desse material foi copiado e estudado nas horas de folga. "Conhecer todos procedimentos e cumpri-los tornou-se motivo de orgulho", afirma José Barbosa Júnior, 41, supervisor da área de qualidade e produtividade. "A colaboração entre os colegas aumentou e hoje trabalhamos em equipe", diz o operador Nelson Ferreira dos Santos, 33. "Continuamos a nos reunir para discutir melhorias e conseguimos aumentar nossa produtividade." Os resultados da empresa mudaram. O faturamento por funcionário (medida da produtividade) cresceu, em três anos, de US$ 45 mil para US$ 75 mil. Depois de três anos de prejuízos, a empresa lucrou US$ 4,4 milhões em 93. No ano passado, a Xerox do Brasil foi a vencedora do Prêmio Nacional de Qualidade. Seu programa começou em 84, quando todos os 5.300 funcionários passaram por sete dias de cursos sobre o tema. Dois anos depois, já surgiam alguns resultados. Entre seus empregados, 69% se diziam satisfeitos com a empresa. Seis anos depois, a taxa subiu para 84%. Com os clientes, o nível de satisfação saltou de 78% para 94%. A meta é atingir 100% de satisfação. "O programa de qualidade impôs um ritmo de produção mais eficaz", diz Antonio Pina, 41, gerente de produtividade industrial. "O número de erros caiu, o que significa que não precisamos mais refazer as tarefas ou descumprir os prazos", explica. (DCM) Texto Anterior: Escolas revalorizam clientes Próximo Texto: Chefias têm menos dificuldades Índice |
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