São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 1994
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Atraso da retirada faz 300 mortos em Gorazde

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados informou que entre 200 e 300 feridos morreram na cidade bósnia porque não foram evacuadas a tempo.
O fim dos bombardeios no fim-de-semana permitiu à ONU iniciar a evacuação de feridos de Gorazde. O total de evacuados chegou a 265.
As Nações Unidas informaram que ontem as forças sérvias estavam se retirando da zona de exclusão de 20 km em torno da cidade designada como área de proteção.
A Otan (aliança militar liderada pelos EUA) deu prazo até as 2h01 de hoje (21h01 de ontem em Brasília) para os sérvios se retirarem, ou enfrentarem ataques aéreos.
O secretário de Estado norte-americano, Warren Christopher, disse que era cedo para afirmar que os sérvios haviam cumprido todas as exigências.
Christopher disse que somente hoje seriam feitos }vôos de reconhecimento e tomadas }fotografias aéreas.
Ontem, ele se encontrou com o ministro russo das Relações Exteriores, Andrei Kozirev, em Genebra (Suíça).
O ultimato da Otan é o último de dois emitidos na sexta-feira com o objetivo de parar o bombardeio sérvio contra a cidade de 60 mil habitantes.
O primeiro, que venceu às 2h01 de domingo (21h01 de sábado em Brasília), exigia a retirada da artilharia sérvia de uma área de 3 km em torno de Gorazde.
A ameaça de ataques aéreos paralisou o bombardeio contra Gorazde que já havia matado pelo menos 700 pessoas e ferido 2.000.
A ONU admitiu que os sérvios não haviam cumprido as exigências, mas recusou autorização para bombardeio.
Yasuhi Akashi, reprsentante da organização, argumentou que os sérvios estavam em meio ao processo de retirada.

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