São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 1994
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Clinton recebe críticas por feriado

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O presidente dos EUA, Bill Clinton, está sendo criticado por jornalistas e cidadãos norte-americanos por ter decretado ponto facultativo para o funcionalismo público federal hoje, devido ao enterro de Richard Nixon.
Um dia de paralisação do Executivo do país custa cerca de US$ 100 milhões aos contribuintes.
A porta-voz da Casa Branca, Dee Dee Myers, diz que Clinton agiu com base na tradição: nos quatro mais recentes funerais de presidentes dos Estados Unidos a mesma decisão foi tomada pelo que estava no poder.
Mas os críticos do ponto facultativo argumentam que, ao contrário desses enterros anteriores, nenhuma cerimônia fúnebre por Nixon ocorrerá em Washington, a pedido da família.
Poucos funcionários do Executivo estão envolvidos na logística do enterro de Nixon. Alguns diplomatas cuidam dos dignatários estrangeiros que vieram para homenagear o 37º presidente dos EUA.
Entre os convidados estrangeiros que chegaram ontem a Washington estão: o vice-primeiro-ministro russo Alexander Shokhin, o ex-primeiro-ministro britânico Edward Heath e o ex-presidente israelense Chaim Herzog.
Militares da Força Aérea cuidam dos quatro vôos oficiais que levarão autoridades de Washington a Yorba Linda hoje de manhã.
Nixon foi o presidente dos Estados Unidos que participou do maior número de enterros de predecessores: três deles morreram durante seu governo (Herbert Hoover, Harry Truman e Lyndon Johnson).
Entre 22 de janeiro de 1973, quando Johnson morreu, até a renúncia de Nixon, em 9 de agosto de 1974, não houve ex-presidentes vivos nos EUA.
O presidente Clinton determinou também ontem que as bandeiras do país sejam hasteadas a meio-mastro durante 30 dias em homenagem a Nixon.

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