São Paulo, sábado, 30 de abril de 1994 |
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Fleury e Executiva do PMDB divergem
MÁRIO SIMAS FILHO E JOÃO BATISTA NATALI
MÁRIO SIMAS FILHO; JOÃO BATISTA NATALI O governador Luiz Antônio Fleury Filho entrou em colisão com o PMDB, na véspera da convenção que define hoje os candidatos do partido em São Paulo. Fleury e seu irmão Frederico Coelho, secretário de Governo, tentaram impor na quinta-feira à noite à Executiva peemedebista uma chapa com quatro nomes. Além do ex-ministro Barros Munhoz para governador, o vice seria o deputado estadual Arnaldo Jardim e o primeiro candidato ao Senado o ex-secretário da Fazenda José Machado de Campos. O segundo candidato ao Senado permaneceria em aberto para consolidar uma aliança com o PL. A aliança já está praticamente acertada e Fleury quer que o PL indique o delegado Romeu Tuma para compor a chapa ao Senado. Para a surpresa do governador, o presidente do PMDB-SP, deputado Roberto Rollemberg, rejeitou a proposta e disse que, em lugar de Jardim, seria ele próprio o vice na chapa encabeçada por Munhoz. Ontem, por volta das 11h, Rollemberg reuniu a Executiva e obteve a adesão de 11 dos 14 integrantes a seu nome. Rolllemberg é um dirigente próximo do ex-governador Orestes Quércia, enquanto Jardim é homem de confiança de Fleury. Frederico Coelho, o "Lilico", reagindo ao que considerou um desafio a seu irmão, convocou os dirigentes regionais do PMDB para uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, às 14h. Rollemberg respondeu que não aceitava ser convocado. Também disse que rejeitava a imposição de uma chapa fechada. Barros Munhoz interveio como mediador e, como nome já sacramentado para disputar a sucessão estadual, propôs que todos se reunissem a partir das 15h. Antes disso, no Palácio, uma das soluções estudadas foi a de convidar Rollemberg para a secretaria da Agricultura. O titular da pasta, Roberto Rodrigues, disse recentemente ao governador que se sente pouco à vontade no governo, em razão de suas simpatias pela candidatura de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Convenção O PMDB paulista faz hoje sua convenção para oficializar a candidatura de Barros Munhoz. Os 1.285 convencionais também vão definir os candidatos do partido a senador, deputado federal e deputado estadual. Até ontem à noite, a tendência da Executiva Regional do PMDB era a de manter em aberto os nomes do candidato a vice e de um dos candidatos a senador. Texto Anterior: Jornal de Quércia é condenado na Justiça Próximo Texto: Lula quer ter Bisol como vice na chapa Índice |
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