São Paulo, sábado, 30 de abril de 1994
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Nova série do Super-Homem mostra velhas aventuras

DA "SPIN"

"Lois & Clark: As Aventuras do Superman" (série exibida pela Globo, às quartas-feiras, 21h30) tinha o jeitão de algo diferente quando anúncios em preto-e-branco encheram a tela, apresentando Teri Hatcher (Lois Lane) e Dean Cain (Clark Kent) em poses ultraprovocantes.
"As Aventuras do Superman" rompe de certa forma o mito do Super-Homem. O ponto de partida é o personagem dos quadrinhos.
Alguns anos atrás, o escritor-desenhista John Byrne jogou o velho Clark Kent fora. Agora ele não é mais um covarde que gasta mais metade de seu tempo procurando uma cabine para assumir sua outra identidade.
O novo Clark dos gibis é relaxado, forte (parece até que andou malhando em alguma academia) e paquera abertamente Lois Lane.
O Clark Kent de Dean Cain faz a mesma coisa, o que lhe dá uma vantagem inicial enorme sobre o Clerk Kent interpretado por Christopher Reeve e o barrigudo George Reeves.
"As Aventuras do Superman" abandona o mito do Super-Homem em parte por considerar os protagonistas seres sexuais. A palavra chave é intimidade: os tais anúncios em preto-e-branco exibem mais cenas fortes do que a série oferece na verdade.
Apesar de todas as brigas –Kent e Lane se xingam o tempo todo– e das idas e vindas em seu relacionamento amoroso, a série ainda continua romântica.
Lois Lane é ambiciosa, mas não tem muita definição real. Quando está nervosa, ela vira as costas para Clark e empina o nariz.
Já o Lex Luthor de John Shea é um plutocrata (pessoa influente por seu dinheiro) que controla a maioria dos negócios de Metropolis. A superioridade fica bem nele.
Apesar disso, "A Aventuras de Superman" não funcionam tão bem como os quadrinhos. O que parecia ser um novo caminho, caiu na mesmice.

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