São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994 |
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Estatal não conseguiu enfrentar concorrência Cobra fabricava computadores DA REPORTAGEM LOCAL \</FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>Estatal não conseguiu enfrentar concorrência A Cobra Sistemas e Computadores S.A., que será privatizada no próximo dia 6 por US$ 8,7 milhões (preço mínimo para 63% do capital), é um bom exemplo da falência do modelo de substituição de importações. Criada em 1974 para ser o embrião da indústria brasileira de informática, sob o manto protetor da reserva de mercado, a empresa recebeu US$ 80,5 milhões em aporte de recursos de 74 a 90 e não resistiu à mínima exposição à concorrência, mesmo interna. Em 1990 o Banco do Brasil assumiu o controle da Cobra, rescalonou sua dívidas mas não conseguiu reverter seu processo de decadência. Os prejuízos acumulados somavam no final do ano passado US$ 72 milhões, segundo dados do BNDES. A dívida com o Banco do Brasil, reescalonada para a privatização, é de US$ 10 milhões. A empresa tem ainda um passivo trabalhista de US$ 4 milhões e um contencioso tributário de US$ 9,7 milhões. A força de trabalho é de 1.309 empregados, mas os consultores que fizeram sua avaliação afirmam que ela funciona bem com 470. Apesar do preço baixo em relação ao investimento feito, a primeira tentativa de leiloar a Cobra, no dia 8 de abril, fracassou por falta de compradores. Texto Anterior: País vende suco, soja e pouca tecnologia Próximo Texto: Estado vai ter ação 'enérgica' na economia Índice |
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