São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994
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Conflito é histórico

SÉRGIO MALBERGIER
DO ENVIADO ESPECIAL

A violência sectária que caracteriza a história da Irlanda começou com a colonização por protestantes britânicos no século 17.
A colonização ocorreu no nordeste da ilha (Ulster), onde viviam os católicos. Em 1800, a Irlanda tornou-se parte do Reino Unido.
No século 19 surgiu um movimento pela independência, que explodiu em violência. O IRA manteve guerrilha contra os britânicos.
Em 1920, foram criados dois Parlamentos em Dublin, para 26 distritos predominantemente católicos, e em Belfast, para os outros seis, de maioria protestante.
Em 1922, os 26 distritos do sul ganharam o status de Estado Livre da Irlanda, a hoje República da Irlanda.
Com o apoio protestante, o Partido Unionista do Ulster controlou o Parlamento em Belfast, com a minoria católica fora do poder.
O aumento contínuo da tensão culminou no pacífico movimento de direitos civis do final dos anos 60.
Grupos protestantes reagiram com violência ao movimento e parte do IRA iniciou uma campanha de contra-ataques e atentados.
Em 1969, o Exército britânico passou a responder pela segurança no norte.
Em março de 1972, com o aumento da violência, o governo britânico assumiu a administração, dissolvendo o Parlamento em Belfast.
O IRA incrementou suas ações terroristas desde então. De 1969 até março de 1994, 3.120 pessoas morreram na Irlanda do Norte.
(SM)

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