São Paulo, segunda-feira, 2 de maio de 1994 |
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Ministério Público deve denunciar Quércia
DO PAINEL S/A A Procuradoria Geral da República adiou para esta semana o oferecimento da denúncia contra o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia no inquérito das importações de Israel.O subprocurador-geral Paulo Sollberger não conseguiu concluir a manifestação do MPF (Ministério Público Federal) na última sexta-feira, como pretendia. O inquérito apura a suspeita de superfaturamento e evasão de divisas na importação –sem licitação– de equipamentos para as universidades e polícias de São Paulo. O MPF evita manifestações, diante do risco de maior exploração política. O inquérito envolve um pré-candidato à Presidência e o governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury Filho. A preocupação do MPF é de elaborar uma denúncia bem sustentada para evitar contestações e as interpretações sobre interesses políticos na investigação. O ex-governador tem alegado que o inquérito atende a objetivos políticos. Com a aproximação da convenção do PMDB, a denúncia deverá ser usada por seus adversários como elemento de campanha. Os procuradores que acompanharam as investigações, contudo, estão convencidos de que há nos autos indícios veementes que incriminam o ex-governador. Essa convicção foi reforçada com as novas investigações, quando o inquérito subiu para o STJ (Superior Tribunal de Justiça). Além da perícia que comprovou superfaturamento de 343%, novos depoimentos e documentos juntados aos autos comprometem o ex-governador e o atual. Texto Anterior: Proposta chega ao Congresso Próximo Texto: Lula fica sem ter comando total do PT Índice |
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