São Paulo, segunda-feira, 2 de maio de 1994
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Circuito apresenta muitos problemas

FLÁVIO GOMES
DO ENVIADO ESPECIAL

Os organizadores do GP de San Marino, assim como a FIA (Federação Internacional de Automobilismo), limitaram-se a comunicar a morte de Ayrton Senna no autódromo.
A corrida foi um festival de catástrofes. Além da morte de Senna e Ratzenberger e do grave acidente com Rubens Barrichello, mais dez pessoas se feriram.
Nada disso levou a FIA a anunciar qualquer decisão sobre segurança nos próximos GPs ou a apontar problemas no circuito italiano.
Os maiores defeitos de Imola são as áreas de escape, muito estreitas em pontos velozes, a falta de barreira de pneus para atenuar impactos e o pouco espaço na área dos boxes.
Ontem, quatro espectadores foram atingidos depois do acidente entre J.J. Lehto, da Benetton, e Pedro Lamy, da Lotus, na largada. O português acertou o carro do finlandês, que ficou parado na reta dos boxes.
Dois pneus da Lotus de Lamy voaram sobre a tela de proteção e atingiram os torcedores Paolo Ruggero, 26, Stefano Tracchi, 28, Mauro Roasio, 20, e Antonio Maino, 28. Os três primeiros sofreram ferimentos leves. O último está em estado grave.
Nos boxes, um pneu do Minardi de Michele Alboreto foi mal fixado, na 48ª volta, e quando ele voltava à pista, a roda se soltou e atingiu cinco mecânicos –três da Ferrari, um da Lotus e um da Benetton– e um comissário.
O que se machucou mais foi o ferrarista Maurizio Barbieri, que fraturou a tíbia.
A FIA deve se pronunciar hoje oficialmente, em Paris, sobre os acidentes do fim-de-semana e possíveis mudanças no regulamento ainda para este ano.
(FG)

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