São Paulo, segunda-feira, 2 de maio de 1994
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Lacombe nega discórdia entre os herdeiros

A Paranapanema foi alvo recente das preocupações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão de regulação e fiscalização do mercado de capitais, por causa de um pedido de suspensão de sua assembléia geral extraordinária em março.
Carlos Octavio Lacombe atribui o pedido a "uma irregularidade formal" na apresentação do balanço anual da empresa.
Para ele, essa irregularidade foi de responsabilidade do ex-diretor de relações da empresa com o mercado, Arislando Prado.
Ele, diz Lacombe, teria encaminhado para publicação, dia 11 de março, as demonstrações financeiras da empresa com um parecer do Conselho Fiscal, sem a assinatura de seus integrantes.
"Viemos a tomar conhecimento que havia essa irregularidade formal depois da saída desse diretor, que se demitiu da empresa no dia 22 de março", diz.
Carlos Octavio Lacombe diz que a Paranapanema consultou o jurista José Luiz Bulhões Pedreira sobre como prosseguir a assembléia geral extraordinária.
"Ele nos deu uma orientação muito clara, dizendo que o parecer, sem ressalvas, da auditoria independente era suficiente para levar adiante a assembléia mesmo sem a assinatura no documento do conselho fiscal", diz.
"Bulhões Pedreira nos disse", conta Carlos Octavio Lacombe, "que seria muito mais negativo para a imagem da empresa se a diretoria não realizasse uma assembléia quando na realidade não se discutia uma irregularidade material, mas sim uma irregularidade formal".
"A orientação de Bulhões Pedreira foi tão firme que nós prosseguimos com a assembléia, apesar do pedido de suspensão", diz.
A assembléia foi realizada e as contas da empresa aprovadas, de acordo com o parecer da empresa de consultoria independente Price Waterhouse.
"Considero o assunto formalmente encerrado", afirma Carlos Octavio Lacombe.
Ele nega qualquer discórdia entre os herdeiros de Octavio Lacombe - viúva e oito filhos-, donos de 68% da Paranapanema. "Não há nenhuma turbulência na empresa", diz.

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