São Paulo, terça-feira, 3 de maio de 1994
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Política do Brasil preocupa EUA

DE WASHINGTON

O governo dos EUA anunciou ontem que vai passar ao Congresso do país informações sobre "práticas discriminatórias" do Brasil contra empresas norte-americanas nas áreas de telecomunicações e informática.
Segundo relatório do USTR, agência encarregada do comércio exterior dos EUA, a política de telecomunicações é "preocupante".
O Brasil por enquanto não vai ser enquadrado no artigo 7 da Lei de Comércio e Competitividade de 1988, como o Japão e a Comunidade Européia. Mas vai aparecer ao lado de Austrália e China.
A política de telecomunicações do governo Itamar Franco abre, assim, nova frente de atritos na agenda bilateral de Brasil e EUA.
Em fevereiro, o secretário norte-americano de Comércio, Ronald Brown, enviou carta ao ministro brasileiro de Ciência e Tecnologia, José Israel Vargas, condenando a exigência de maior grau de nacionalização de produtos.
Vargas respondeu afirmando que as medidas são "admiravelmente parecidas" com as adotadas pelos EUA na compra de bens de telecomunicação do setor público.
O relatório do USTR também faz menção ao problema com o Brasil da propriedade intelectual, que foi resolvido em fevereiro de maneira provisória.
O Brasil aparece entre os países classificados como "de menção especial", contra os quais os EUA dizem esperar não terem que tomar "medidas adicionais". Outros nessa categoria são: Canadá, Alemanha, Israel, Honduras, Panamá, Paraguai, Cingapura e Rússia.

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