São Paulo, terça-feira, 3 de maio de 1994
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Corregedoria pede quebra de sigilo de 20 policiais

DA REPORTAGEM LOCAL

A Corregedoria da Polícia Civil pediu a quebra do sigilo bancário de cerca de 20 policiais civis de Guarulhos (SP). Eles são citados em uma lista do bicheiro Albino Fantazzini como supostos recebedores de propinas.
A corregedoria recebeu do delegado Hélio Panteleão, chefe da Polícia Civil de Guarulhos, uma lista de policiais da cidade cujos nomes coincidem com os da lista de Fantazzini. São esses policiais que podem ter o sigilo quebrado.
Entre os policiais que terão suas contas devassadas estão dois delegados e o investigador Conilho. Segundo a corregedoria, ele seria Antônio Conilho, chefe dos investigadores da Delegacia Seccional de Guarulhos.
Esse pedido de quebra do sigilo bancário aconteceu um dia depois do assassinato do coronel da PM Nélson Coura Martinho, 48.
Martinho foi o responsável pela operação que estourou a fortaleza (central de apuração de apostas) de Fantazzini, onde foi achada a suposta lista de propinas em 93.
O oficial da PM foi morto com seis tiros à queima roupa após entrar em seu carro, um Verona, na Vila Galvão (Guarulhos).
"Foi uma execução e tudo indica que o autor é um pistoleiro", disse o coronel Hermes Bittencourt Cruz, assessor do comando da PM.
Após atirar com uma pistola calibre 380 (semelhante ao calibre 9 milímetros), o assassino fugiu em um carro. A polícia supõe que o crime seja uma vingança de traficantes ou bicheiros da região.
Ontem, depôs na corregedoria o bicheiro Francisco Plumari Junior, o "Chico da Ronda". Ele deveria dizer por que o nome de Conrado José de Pilla, assessor do governo estadual, está em sua agenda. Pilla deverá depor amanhã.

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