São Paulo, terça-feira, 3 de maio de 1994
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FIA se cala sobre o acidente

ANDRÉ LAHOZ
DE PARIS

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA), entidade que dirige o automobilismo esportivo fora dos EUA, se recusou ontem a comentar os "trágicos acidentes ocorridos no Grande Prêmio de San Marino".
Em seu comunicado oficial, a FIA marcou para quarta-feira uma reunião "de mais alto nível para tomar todas as medidas que se fizerem necessárias".
A reunião vai usar como subsídio "uma análise técnica" do circuito de Imola.
Após a reunião, o presidente da FIA, Max Mosley, fará uma conferência de imprensa para finalmente tornar pública a posição da entidade sobre os acidentes e sobre eventuais consequências.
Max Mosley foi procurado ontem pela Folha. O responsável de relações exteriores da entidade, Francesco Longanesi, disse que ele não daria nenhuma declaração.
Quando lembrado da importância de Ayrton Senna para os brasileiros, Longanesi disse que iria tentar alguma declaração de Max Mosley.
Mais tarde, Longanesi voltou a chamar a Folha para uma declaração pessoal do presidente da FIA. É a seguinte:
"Eu tinha o maior respeito e consideração pelo piloto brasileiro Ayrton Senna. Considero-o como um dos pilotos mais talentosos de todos os tempos, e, sem nenhuma dúvida, como o mais talentoso de toda sua geração.
"Eu tinha uma grande simpatia e afeição por Ayrton Senna. Mesmo que nossos pontos de vista não tivessem sido sempre os mesmos, tinha por ele o maior respeito e consideração. Eu espero que Senna tenha guardado por mim o mesmo sentimento."
As diferenças de opinião às quais Mosley se referem incluem as exigências, não atendidas, que Senna passou a fazer nos últimos anos para que a FIA fosse mais severa com atitudes perigosas de pilotos na pista.
(AL)

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