São Paulo, terça-feira, 3 de maio de 1994
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SILVIA BITTENCOURT

SILVIA BITTENCOURT
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE COLÔNIA

Os mais importantes noticiários da TV alemã alteraram ontem sua programação e destacaram os últimos acontecimentos em Imola.
Seus comentaristas questionaram o sentido de um esporte como a Fórmula 1.
Esta foi a tônica de praticamente todas as reportagens veiculadas desde domingo na televisão e desde ontem na imprensa alemã, sempre acompanhadas de comentários.
"Ayrton Senna morto –chega de loucura" foi a manchete do jornal popular "Express".
O jornal "Bild", o mais vendido do país, com cinco milhões de exemplares diários, destacou na primeira página: "Delírio na Fórmula 1 –dois pilotos morrem e eles continuam a disparar".
O jornal "Frankfurter Rundschau" comentou em seu caderno de esportes: "Agora não se trata, mais uma vez, de melhorar as pistas e intensificar as medidas de segurança ou de dar mais poder de decisão aos pilotos em relação aos seus empresários, mas sim de questionar a razão de ser de determinados tipos de esporte".
O "Rundschau" comparou as mortes de Senna e do austríaco Roland Ratzenberger à da esquiadora austríaca Uli Maier, em uma prova de esqui disputada no início deste ano, em Garmische-Partenkirchen (Alemanha).
A Alemanha perdeu alguns de seus melhores pilotos na Fórmula 1. Em 1961, Wolfgang Von Trips liderava o Mundial de Pilotos quando morreu em um desastre em Monza (Itália).
Em 1985, uma revelação do automobilismo alemão, Stefan Bellof, morreu aos 27 anos, durante uma prova da categoria protótipos em Spa-Francorchamps (Bélgica).
Três semanas antes, outro piloto alemão, Manfred Winkelhock, morrera aos 32 anos em uma prova da mesma categoria em Mosport (Canadá).

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