São Paulo, terça-feira, 3 de maio de 1994 |
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Bethânia continua igual cada vez melhor!
JOSÉ SIMÃO
E na hora do oitavo bis uma outra gritou: "Quero mais! Paguei com American Express". Rarará. E eu quero o meu dinheiro de volta porque ela não disse: obrigado, senhores! Rarará! É mole? É mole mas sobe! Aliás, explode. Quando ela canta "Explode Coração", do Gonzaguinha, o público vai ao delírio! "Cheap Thrills". Emoções Baratas. Baratas no sentido de acessível. Todo mundo pode tê-las. De operária a milionária! E quando ela canta as canções do Roberto o que parece? Parece o que todo brasileiro tem dentro da alma: puteiro do interior! Rarará! E as perguntas que você tem que responder no saguão do Palace? Como você vê o panorama atual da televisão brasileira? Ai que saco! Rarará! Quer ver outra pergunta que eles adoram fazer? Qual sua música predileta da Bethânia? Só de sacanagem eu devia responder: "Carcará"! Rarará! Tá no ar mais uma calúnia do Macaco Simão! E diz que o show tem um proposital clima interiorano. Aliás, quer uma prova do tão propalado clima interiorano? É só perguntar pro diretor Gabriel Vilela se ele tem ido à Bahia. Ele responde: Tenho. Pra Salvadôôôrr! Rarará! E diz a lenda que um dos caras que carrega o andor de Santo Amaro foi proibido de beber. Aí ele passou a procissão inteira reclamando: "É mole carregar Santo Amaro sem um gole? É mole carregar Santo Amaro sem um gole?" Rarará. Deus é mais. E tem um monte de argentino indo ver o show: essa fila é pra ôche? Essa fila é pra ôche? E votem em mim. Macaco Simão pra 94! E o povo pra 69! Comida mais barata. Ou seja, comida mais um monte de barata em cima! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza. Explode coração! Texto Anterior: Filme retrata `bons tempos' Próximo Texto: Fórum debate em São Paulo a produção musical independente Índice |
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