São Paulo, quinta-feira, 5 de maio de 1994
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Interpol nomeia delegado para acompanhar caso

CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Interpol, polícia internacional, nomeou ontem o delegado italiano Enzo Portaccio para acompanhar o inquérito da morte de Ayrton Senna.
O delegado entra no caso com o pressuposto de que Senna foi vítima de homicídio doloso (com intenção), o que pode resultar, para o responsável, em até 20 anos de prisão, pelas leis italianas. Essas informações foram divulgadas ontem por Romeu Tuma, vice-presidente mundial da Interpol.
As informações prévias prestadas por Portaccio ao Brasil são de que, no entender da Justiça italiana, o autódromo de Imola deveria ter sido interditado já no sábado, quando o piloto austríaco Roland Ratzenberger morreu.
"Há providências que deveriam ter sido tomadas depois da morte de Roland e não foram", disse Romeu Tuma Jr., representante oficial da Foca (Associação dos Construtores da F-1) no Brasil.
No entender da Foca, diz Tuma Jr., "a prova deveria ter sido paralisada logo que Senna bateu".
A primeira testemunha a ser ouvida pela Justiça italiana, segundo Tuma Jr., é o médico que atendeu Senna na pista.
Ele deve prestar depoimento antes do final da semana e reconstituir a conversa que teve com o diretor da prova.
Ontem, Bernie Ecclestone, presidente da Foca, informou Tuma de que tentaria chegar hoje ao Brasil, para assistir ao enterro de Senna. Caso não venha, mandará um representante para informar o governo brasileiro sobre o andamento do inquérito italiano.

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