São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994
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Amin participou do acordo

INÁCIO MUZZI; RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PPR, senador Esperidião Amin (SC), participou do acordo com os "contras", que rejeitou a mudança no conceito de empresa brasileira.
Ontem, o próprio Amin e o líder do partido na Câmara, Marcelino Romano (SP), criticavam o acordo, num jogo de cena visando capitalizar o resultado da votação.
A emenda propondo acabar com a diferença entre empresas brasileiras de capital nacional ou estrangeiro foi rejeitada por apenas três votos (recebeu 290 votos favoráveis), na quarta-feira.
O acordo articulado pelo relator, Nelson Jobim (PMDB-RS), e o líder do PFL no Senado, Marco Maciel (PE), visava esvaziar a sessão para que não houvesse quórum.
Haviam negociado com os "contras" a retirada dos temas econômicos da pauta de votações da revisão, em caso de rejeição da emenda ou de falta de quórum.
Segundo os líderes que participaram das discussões, Amin concordou com o acordo. Foi dele a idéia de colocar empresa brasileira em votação e, no caso de rejeição ou falta de quórum, de retirar os demais itens da ordem econômica.
Após a votação, surpreso com o placar, Amin discursou contra o acordo e acusou de "omissos" os congressistas que não votaram.
(Inácio Muzzi e Raquel Ulhôa)

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