São Paulo, sábado, 7 de maio de 1994
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Crescem as vendas de roupas, sapatos e jóias

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Mezzo Punto, rede de cinco lojas de calçados e bolsas, vendeu no primeiro trimestre deste ano 30% mais do que em igual período do ano passado.
Regina Padovan, gerente comercial da marca, diz que a economia está caminhando para a estabilidade e isso gera mais consumo.
Ela também atribui o aumento da demanda ao lançamento de produtos para atender um público classe A jovem. "Estamos tendo que aumentar 40% a produção para atender o acréscimo das vendas."
A Mezzo Punto faz hoje 2.500 pares de sapatos por mês. Regina conta que a idéia da empresa é abrir franquias fora de São Paulo e por isso precisa produzir mais.
Na Maria Bonita, que tem três lojas de roupas femininas -duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro–, as vendas aumentaram 5% no primeiro trimestre deste ano e 10% em abril, na comparação com igual período de 1993.
Na análise de Paula Accioly, gerente-geral comercial, esse aumento aconteceu porque as roupas agradaram os clientes –são mais ou menos 11 mil, número 20% maior do que o de um ano atrás.
Na Maria Bonita, um blazer de lã custa cerca de 150 URVs; uma saia de lã, 56 URVs e um casaco de linho, 108 URVs. Esses são os preços médios.
Outra loja especializada em roupas femininas, a Lita Mortari, registrou aumento de 15% no seu faturamento de janeiro a abril, em relação a igual período de 93.
Jacqueline Haas, vice-presidente de pesquisa da Almap BBDO, diz que a classe A está correndo atrás de produtos que dêem destaque à sua classe social. "É por isso que vemos muitos carros importados nas ruas e também porque a procura por telefones celulares está cada vez maior."
Na sua análise, os alimentos mais caros não discriminam status e por essa razão já não estão vendendo tão bem.
Para ela, antes da abertura do país às importações, as lojas brasileiras não ofereciam tantos produtos para diferenciação entre as pessoas da classe A. "Havia demanda reprimida nesse segmento."
A H.Stern também registrou aumento no consumo de jóias. No primeiro trimestre deste ano, a empresa faturou 25% mais do que em igual período do ano passado. Em abril, 20% mais.
Richard Barczinski, diretor-superintendente, diz que o consumidor classe A está cada vez mais a procura de produtos duráveis. A H. Stern tem 200 mil clientes espalhados pelo país. Nos últimos dois anos esse número aumentou cerca de 10%.
(FF)

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