São Paulo, sábado, 7 de maio de 1994 |
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Falta de tecnologia emperra a urvização
JOSÉ ROBERTO CAMPOS
"As lojas do país, na maioria, são muito pequenas e não vão poder operar com etiquetas em URV", diz Roberto Demeterco, dono da rede que leva seu nome, com 11 supermercados no Paraná. "Nossa rede não está totalmente informatizada e teremos de ter duas formas de gestão de preços, em URV e em cruzeiros reais." Para Levy Nogueira, presidente da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), a possibilidade aberta pela portaria da Fazenda para operações diretas em URV "é vantajosa para os supermercados e para o consumidor". Ele acredita que as redes que usarem a URV poderão manter seus preços estáveis, apesar de reajustados diariamente em cruzeiros. Segundo Nogueira, os preços de venda são resultado de uma projeção da inflação futura, para o período de tempo estimado de permanência de um grupo de mercadorias na prateleira. "O uso da URV na etiqueta evita cálculos complexos e é mais justo", afirma Nogueira. Os donos de supermercados acreditam que, de início, o consumidor vai se confundir bastante. No mínimo, ele necessitará de calculadora para comparar preços. "Precisaremos de tempo para explicarmos as mudanças para o consumidor", diz Armando Peralta, presidente da rede Peralta, com 39 lojas e a 15ª maior cadeia do país. "Com a URV na etiqueta, o consumidor perde a noção dos preços". A Apas (Associação Paulista de Supermercados) se reúne segunda-feira para definir como e se as lojas vão usar o novo indexador. "Quem operar em URV ficará mais competitivo", aposta Paulo Afonso Feijó, dono dos supermercados Econômico, a quarta maior rede gaúcha, que tem suas lojas preparadas para implantar a URV imediatamente. O editor de Economia, JOSÉ ROBERTO CAMPOS, viajou a Chicago a convite da Abras. Texto Anterior: 0,5% perdeu significado de juro real Próximo Texto: Remédios mantém reajuste semanal Índice |
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