São Paulo, sábado, 7 de maio de 1994 |
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Remédios mantém reajuste semanal
DA REPORTAGEM LOCAL Os remédios continuarão a ser vendidos ao consumidor em cruzeiros reais até a chegada da nova moeda. Será mantida também a periodicidade dos reajustes: semanal.O acordo foi fechado ontem entre a indústria farmacêutica e o assessor especial para preços do Ministério da Fazenda, Milton Dallari, em São Paulo. Os laboratórios se comprometeram a manter o desconto de 4% às farmácias, acertado quando os preços da cadeia foram convertidos à URV, segundo José Eduardo Bandeira de Mello, presidente da Abifarma (representa a indústria). Anteontem, o ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, baixou portaria autorizando o comércio a apresentar preços só em URV. Mas, segundo Dallari, os produtos mais essenciais à população ficarão em cruzeiros reais, com reajuste semanal, até a nova moeda. Os supermercados, de acordo com Dallari, também não consideram conveniente a conversão do preço final em URV. "Vamos conversar com o setor na semana que vem", disse Dallari. O assessor começou as negociações com o setor de combustíveis, que, segundo espera ele, passará a usar a URV na semana que vem. "Discutimos como dividir as perdas e como manter os preços na bomba em cruzeiros reais." Representantes das imobiliárias pediram a Dallari para que não haja qualquer deflator na conversão dos aluguéis antigos em real. "O mercado está parado e qualquer quebra nos contratos vai piorar a situação", afirmou José Roberto Graiche, presidente da Aabic, associação de imobiliárias. Segundo ele, existem hoje 3.500 imóveis para locação em São Paulo, frente à média de 6.000 em 92. Graiche diz que a quebra nos contratos vai estimular as ações de despejo por denúncia vazia. Para Dallari, 35% dos contratos de aluguel já foram convertidos à URV. "Antes, os inquilinos estavam intranquilos com a URV. Agora, são os proprietários." Texto Anterior: Falta de tecnologia emperra a urvização Próximo Texto: CEF divulga reajustes para este mês Índice |
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