São Paulo, sábado, 7 de maio de 1994
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Venda de leite Parmalat é suspensa

DAS REGIONAIS

A Vigilância Sanitária da Prefeitura de Campinas determinou ontem a suspensão da venda do leite tipo C da marca Parmalat, beneficiado em Jundiaí.
O leite Parmalat e de outras cinco marcas (Itambi, Serramar, Cooper, Vip e Comevap) estão interditados em São José dos Campos.
Segundo o coordenador da Vigilância Sanitária Municipal, Idalvo Salioni, só foi interditado o leite Parmalat porque as outras marcas não são distribuídas em Campinas.
Segundo a Vigilância, o leite estaria contaminado por chumbo. A contaminação teria ocorrido em Caçapava, onde funciona a fábrica de lingotes de chumbo Faé.
A Faé foi interditada pela Cetesb no último dia 9, porque teria contaminado com chumbo uma área de 500 metros ao redor da fábrica.
O diretor-administrativo da Parmalat, Atílio Ortoloni, 45, disse que a empresa vai impetrar um mandado de segurança contra a Vigilância Sanitária do Estado "por abuso de autoridade".
Segundo ele, a Parmalat teria direito de acompanhar a análise da amostra do leite feita no Instituto Adolfo Lutz na semana passada.
"Sequer fomos informados que havia sido colhida amostra."
As empresas que produzem leite interditado não tinham recebido até ontem laudo com o resultado da análise das amostras de leite.
Segundo Ortoloni, a Parmalat vai trazer dois especialistas em contaminação de alimentos da Itália para acompanhar novas análises e orientar a empresa.
A Vigilância Sanitária do Estado determinou que sejam recolhidas amostras de várias marcas de leite em todo o Estado.
Salioni, da Vigilância, disse que a medida em Campinas é cautelar, pois ainda não há nenhum laudo comprovando haja contaminação.
Não há previsão de quando o Instituto Adolfo Lutz vai analisar as amostras de Campinas.
"Não sabemos em qual bacia leiteira o leite que vem para Campinas é ordenhado", disse.
O diretor da Parmalat, Álvaro Novaes, 40, disse que a empresa nunca comprou leite de produtores do Vale do Paraíba.
A Vigilância de Campinas pretende advertir ou multar em até 500 UFMCs (CR$ 2,4 bilhões) empresas que não suspenderem as vendas do leite Parmalat.

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