São Paulo, sábado, 7 de maio de 1994
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Morte entristece o piloto francês

ANDRÉ LAHOZ
DE PARIS

Jean Alesi, piloto da Ferrari, ficou muito abalado com a morte de seu amigo Ayrton Senna. Essa foi a mensagem passada por seu irmão, José Alesi. O corredor vem evitando a imprensa e não foi ao Brasil para os funerais de Senna.
"Jean ficou muito triste após a morte de Senna. Ele quer guardar como recordação o Senna que ele conheceu nas pistas, e não o que morreu", disse José.
Alesi sofreu um grave acidente em 30 de março, durante testes particulares da Ferrari no autódromo italiano de Mugello.
O francês não participou da corrida em Imola. Segundo seu irmão, esse fato também contribuiu para deixá-lo mais impressionado.
Alesi está há duas provas sem correr. Em Imola e no Grande Prêmio do Pacífico, em Aida (Japão), ele foi substituído pelo italiano Nicola Larini, piloto de testes da Ferrari, que chegou em segundo.
Há doze anos ninguém morria em um GP de Fórmula 1. Os acidentes desse fim-de-semana serviram para que todos, inclusive os pilotos, se lembrem que o automobilismo é um esporte perigoso.
Alesi está na Itália, sede da equipe Ferrari. Segundo seu irmão, está cada dia mais recuperado de seu acidente e deve correr o próximo Grande Prêmio, em Mônaco. Mas deverá usar um protetor no pescoço, como já fizeram o inglês Nigel Mansell e o finlandês J.J. Letho.
Após seu acidente, foi levantada a hipótese de Alesi não mais voltar às pistas em 1994. As sequelas seriam muito mais grave do que as divulgadas para a imprensa. Isso também foi negado pelo irmão do corredor. "A presença de Jean em Mônaco está garantida".
O acidente de Alesi foi o segundo acidente grave da temporada de Fórmula 1. O primeiro foi sofrido pelo finlandês J.J.Lehto, da Benetton, em janeiro, no autódromo de Silverstone (Inglaterra). Lehto ficou fora das duas primeiras provas da temporada.
Na volta às pistas, em Imola, o finlandês se envolveu em outro acidente, com o português Pedro Lamy (Lotus), na largada do GP de San Marino.
(AL)

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