São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994 |
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Jogador chega ao Rio e faz apelo a traficantes
DA SUCURSAL DO RIO O atacante Romário chega hoje ao Rio para acompanhar de perto o desenrolar do sequestro de seu pai, Edevair de Souza Faria, 64.A informação, dada ontem de manhã, é do deputado Paulo de Almeida (PSD-RJ), presidente da Liga das Escolas de Samba. Ele visitou a casa dos Faria, em Jacarepaguá (zona oeste). Ao sair, Almeida disse que, para a mãe de Romário, Manoela Faria, a vinda do filho poderá "sensibilizar os sequestradores". Em entrevista exclusiva à Folha, antes do anúncio da vinda do atacante do Barcelona, Manoela implorou aos sequestradores que soltem o marido ainda hoje. "Peço aos sequestradores, porque eles também devem ter mãe, que tenham pena. Amanhã (hoje) faço 57 anos. É dia das mães. Peço que soltem ele", implorou. A mãe de Romário pediu aos sequestradores para não esquecerem de dar cigarros ao marido. "Sem cigarro ele fica nervoso", disse. Edevair Faria, 64, tem outro hábito, segundo a mulher. "A cervejinha. É o remédio dele", afirmou. Chefe das investigações, o delegado Hélio Vígio disse que a volta de Romário prejudicará a polícia. "Ele não tem nada para fazer aqui", disse Vígio, diretor da DAS (Divisão Anti-Sequestros) da Polícia Civil. Vígio afirmou que não aceitará ajuda de traficantes. "Desconheço esta história. E se for verdade, dispenso a ajuda", afirmou. Ronaldo disse anteontem que, a pedido do irmão, solicitou ajuda a traficantes das favelas do Acari, Alemão, Juramento, Rocinha e Jacarezinho. Os traficantes estariam revoltados e empenhados em localizar o cativeiro de Edevair. Texto Anterior: Rivais no torneio enviam mensagem de apoio Próximo Texto: Folha reitera protesto contra ação do FBI Índice |
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