São Paulo, segunda-feira, 9 de maio de 1994
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Ex-comunistas voltam ao poder na Hungria

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os antigos comunistas húngaros, após quatros anos fora do poder, são os grandes vencedores do primeiro turno das eleições parlamentares de ontem, de acordo com pesquisas de boca-de-urna feitas na saída dos locais de votação.
As dificuldades econômicas causadas pela transição que o país está passando para a economia de mercado foi o principal motivo que levou o Partido Socialista Húngaro (PSH) à vitoria nas pesquisas.
O partido ganhou 33% dos votos para as listas regionais dos partidos, que equivalem a 152 das 386 cadeiras do Parlamento.
No primeiro turno, os eleitores escolhem a lista do partido e um candidato individual.
O segundo turno das eleições deve acontecer no dia 29 de maio.
Listas regionais determinam 152 mandatos, listas nacionais, 58, e candidaturas individuais, 176.
Os partidos que recebem pelo menos 5% dos votos podem ganhar cadeiras das listas de partidos.
O PSH agrupa muitos antigos comunistas que combateram o regime de linha dura em 1990.
O Fórum Democrático Húngaro (FDH), no poder, ganhou 11% dos votos, segundo a pesquisa.
O FDH é o líder da coalizão de centro-direita que ganhou as eleições históricas de 1990, pondo fim a quatro décadas de domínio comunista no país.
Até a noite de ontem, as autoridades não haviam divulgado os resultados oficiais.
Segundo os funcionários encarregados da eleição, o índice de comparecimento às urnas, uma hora antes do encerramento do horário de votação, era de 66,5%.
Era necessário um índice de mais de 50% para que os resultados das eleições fossem válidos.
O PSH prometeu dar apoio às pessoas que mais sofrem com as transformações econômicas.
O partido também se comprometeu a continuar com as reformas na economia e buscar a integração da Hungria com o restante da Europa.
Muitos eleitores culparam políticos do FDH pelas dificuldades econômicas surgidas em 1990.
O primeiro-ministro Peter Boross alega que a queda no padrão de vida apenas reflete o ajuste doloroso que é necessário após 40 anos de planejamento central feito pelos comunistas.

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