São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 1994
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Policiais em Minas ameaçam suspender todos os serviços

DA AGÊNCIA FOLHA

Os policiais federais em Minas Gerais ameaçam paralisar todos os serviços que estão sendo mantidos na operação padrão caso haja intervenção do Exército na Superintendência do Estado.
"Se houver intervenção, vamos entregar todo o serviço, inclusive a custódia dos presos", disse o secretário-geral do Sindicato dos Agentes Federais em Minas, Juvercino Guerra Filho.
A greve em Minas completa hoje 24 dias. Com a operação padrão, os serviços de emissão de passaportes e fiscalização do aeroporto de Confins estão sendo executados com 30% do efetivo da PF (Polícia Federal). Os serviços de investigação estão paralisados.
No Paraná, a Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu promete para hoje um protesto na ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, contra a operação padrão.
Em greve há 31 dias, PF tem mantido na operação padrão 30% do seu efetivo em Foz do Iguaçu -150 pessoas entre agentes, administrativos e delegados.
Segundo seu presidente, César Cabral, os exportadores de Foz acumulam prejuízos de mais de CR$ 50 bilhões.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Santa Catarina, Francisco José da Silva, 31, disse ontem que não teme uma possível intervenção do Exército na PF catarinense.
O sindicato avalia em 100% a adesão à greve. A guarda da fronteira com a Argentina, o combate ao narcotráfico e a emissão de passaportes foram suspensos.
Os agentes da PF do Amazonas mantém a fiscalização de rotina nas regiões de fronteira. Segundo o sindicato da categoria e a PF, 70% dos agentes estão parados.
Na Paraíba, cerca de 200 inquéritos estão parados há 50 dias na Superintendência da PF, por causa da greve dos 243 agentes e peritos. Segundo o sindicato, a adesão é total.
Em Santos (SP), a greve da PF completou ontem 24 dias. Segundo o comando da categoria, os 80 agentes aderiram ao movimento.

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