São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 1994 |
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Banco Central pode restringir ingresso de capital externo no país
SÔNIA MOSSRI
O Banco Central poderá impor restrições temporárias ao ingresso de capital estrangeiro no país após a criação do real. A idéia é evitar que a expansão do volume da nova moeda em circulação na economia provoque aumento do consumo e gere pressões sobre os preços. Nos primeiros meses de implantação do real o BC elevará ainda mais as taxas de juros e restringirá a emissão do real. O objetivo dessas duas medidas é tentar manter os recursos nas aplicações financeiras e afastar o risco de explosão do consumo. Com taxas de inflação abaixo de 5%, como prevê a Fazenda, o real se transforma em moeda estável. Taxas de juros elevadas estimulam aplicações financeiras. Um volume de moeda disponível na economia abaixo da oferta de bens e serviços resulta também num instrumento anticonsumo. Altas taxas também constituem atrativo ao ingresso de capital estrangeiro no país –em busca de rendimentos mais elevados do que os do mercado internacional. A expansão do volume de entrada de recursos externos implicaria aumento de reais em circulação. Oficialmente, a Fazenda evita qualquer declaração sobre o assunto. Teme que possa gerar especulações às vesperas do real e afugentar o capital estrangeiro. Texto Anterior: Novas MPs buscam apoio da classe média Próximo Texto: Quércia vence com alto índice de abstenção Índice |
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