São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 1994 |
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Notas
FÁBIO SORMANI Não gostaria de estar na pele de Toni Kukoc, o ala do Chicago Bulls. Desde que o croata chegou ao ex-time de Michael Jordan, o novo regente da orquestra, Scottie Pippen, não tem tratado bem aquele que era o melhor jogador de basquete que atuava fora das fileiras da NBA.Na noite de sexta-feira, quando o técnico Phil Jackson resolveu colocar Kukoc em quadra para fazer o tiro final (que acabou dando certo e levando os Bulls à vitória), Pippen simplesmente se recusou a sair. Falta de profissionalismo e de respeito ao companheiro. O incidente foi abafado e todos dizem estar unido. Mas penso que vai ser difícil o Chicago manter Kukoc no time na próxima temporada. Conversei semana passada com Luciano do Valle sobre o procedimento da Rede Bandeirantes, que tem passado muito pouco dos jogos da NBA. Disse Luciano: "Se dependesse de mim, passaria todas as partidas, mas a emissora não pensa assim". Uma pena, porque a Bandeirantes acredita que os kung-fus e as sextas-sexys da vida dão mais ibope do que o basquete. Pode até ser, mas será que os pontos a menos que o basquete dá não vêm de um setor da sociedade ávido em consumir e com dinheiro em caixa, ao contrário dos pontos que os kung-fus e as sextas-sexys da vida dão? Penso que a Bandeirantes joga dinheiro fora e perde prestígio. David Stern, dirigente máximo da NBA, tenta preservar a imagem da liga contra a violência. Reconheceu que seus esforços têm sido incapazes de impedir que tumultos às vezes ganhem mais destaque que o próprio basquete nas quadras. "Não vamos tolerar isso. Os fãs não pagam para ver brigas. É evidente que precisamos mudar ainda mais o regulamento", declarou. Stern criticou, porém os meios de comunicação por, na sua opinião, dar às brigas em quadra "mais importância do que merecem". Texto Anterior: Violência e paixão Próximo Texto: Seleção se apresenta hoje sem Bebeto e Romário Índice |
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